O que é beleza?

 

O-que-é-beleza

    A beleza sempre foi um tema presente na história do pensamento, mais especificamente na arte e na literatura. 

    Desde sempre, o homem foi submetido ao encanto que a natureza proporciona, levando-o a se posicionar no mundo de tal forma que este encanto pudesse se manifestar ao longo da sua vida. 

    Este artigo pretende pensar a beleza como um aspecto presente na vida humana, reflectindo como ela se manifesta e o que condiciona sua manifestação no âmago humano.

O que é beleza?

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    A beleza é um aspecto real capaz de se mostrar em qualquer lugar da natureza. O vento na praia bafejando sobre os cabelos e o prazer da água fresca em um dia arquitectado pelo sol que queima sem dó são provas de como o mundo foi arremessado para nós pela mais densa beleza que teima na perfeição. 

    Podemos encontrar a beleza em cada revelação da vida, dependendo do encantamento pelo qual somos sujeitos. Ora, o encantamento é o atributo primordial da Beleza.

    A beleza pode ser entendida como o encantamento que nos é proporcionado pelas coisas quando a beleza se manifesta nelas. Pode ainda ser colocada na condição de um sentimento, podendo ser compreendida como a alegria que sentimos pelas coisas. 

    A beleza sistematiza-se então como um aspecto real, uma vez que pode estimular o sujeito quando este é apanhado pelo seu prazer e pelo seu encantamento.

    A beleza pode então ser definida como um estado de contentamento do ser. Neste sentido, podemos nos encantar com a natureza, com uma música, com um objecto ou com uma pintura por exemplo, aspectos da realidade nas quais a Beleza se manifesta ao ponto de nos causar algum encantamento.

    A beleza se apresenta de duas formas: Subjectiva e Imperativa:

1. Subjectiva

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    O aspecto subjectivo se dá na ideia da beleza se mostrar diferentemente para cada pessoa. Nem sempre as pessoas são submetidas ao encantamento pelas mesmas coisas; uma poesia por exemplo pode despertar o encantamento da beleza numa pessoa e indiferença em outra.

    Ou ainda, a flor que alumia as vísceras visíveis do jardim pode encantar alguns e descontentar outros. Neste sentido, a beleza é subjectiva pois se manifesta de forma singular para cada pessoa.

Imperativa

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    O aspecto imperativo se dá na ideia de todas as pessoas sentirem o mesmo encantamento, ou seja, embora não nos encantemos pelas mesmas coisas, ainda assim, quando somos apanhados pela beleza, todos nós experimentamos o encantamento, ou seja, no final todos somos submetidos ao encantamento, mesmo que este encantamento seja causado por coisas diferentes. 

    E não só somos submetidos ao encantamento, como também experimentámos o mesmo encantamento. O encantamento pelo qual uma pessoa é submetida ao contemplar uma flor é o mesmo encantamento que outra pessoa é submetida ao ouvir a quinta sinfonia de Beethoven por exemplo.

A condição para a beleza existir

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    A beleza pode ser encontrada em qualquer manifestação da vida e para que ela nos invada, basta apenas sermos aprisionados pelo seu encantamento. Ou seja, a condição para a Beleza existir é o encantamento. 

    Não existe beleza sem que sejamos levados pelo encantamento. Este encantamento pode ainda ser descrito como feitiço ou êxtase, uma vez que a beleza também pode proporcionar um prazer mediante seu encantamento. 

    Neste sentido, pode-se dizer que beleza é também o prazer que o sujeito experimenta quando encontra o belo, ou seja, quando experimenta o encantamento da Beleza através de um objecto ou aspecto da realidade.

    Ora, observa-se assim, a beleza, como uma questão extremamente ligada aos sentidos; o seu encantamento não é experimentado somente no uso da visão (contemplação), mas pode, do mesmo modo, ser experimentado através do toque e do cheiro de uma flor ou até através da música e do sabor.

    Pode-se assim dizer que a beleza sempre esteve presente, afinal, a natureza sempre foi causa para o encantamento do homem, condição primordial para que a Beleza se manifeste. 

    E ao decorrer dos tempos, o homem foi criando outros aspectos que o pudessem proporcionar prazer, o que resultou na invenção da arte, onde a existência da poesia, da música, da pintura, da fotografia e das outras representações artísticas foi possível, podendo experimentar a beleza através de todos os seus sentidos.

 

 

Por: David Lutango

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