O que arte tem a ver com cultura?

 

    A arte sempre foi um aspecto infinitamente imprescindível para a cultura de qualquer povo. Desde muito tempo, a arte tem servido como forma de expressão do homem, exprimindo as suas particularidades.

    A arte pode ser concebida como a prática de criar formas perceptíveis e expressivas do sentimento humano. Através da arte, o homem conta sua história, revela seu interior e representa o meio em que se encontra.

    A arte é produzida de várias formas, podendo se recorrer à pintura, ao desenho, à música, à dança, à literatura ou à escultura. A professora Marilena Chauí realça que a arte permite a visão ver, a linguagem falar e a audição ouvir, ou seja, a arte permite ao homem mostrar aquilo que quer que todos vejam e falar aquilo que quer que todos ouçam.

    Através da arte o homem conta sua história, revela seu interior e representa o meio em que se encontra. Ora, sendo a cultura um conjunto de conhecimentos, de práticas e de costumes afetos ao homem, a principal forma para a transmissão destes conhecimentos e práticas é a arte. Neste sentido, a arte é o caminho que o homem encontra para transmitir seus valores, seus conhecimentos e sua cultura.

    A arte engloba um conjunto de manifestações que podem se traduzir em música, pintura, literatura, desenho, símbolo, dança e escultura. Além disso, a arte serve também como um meio de comunicação.

    É assim que as culturas da antiguidade usavam a pintura para expressarem suas crenças e seus costumes, que ficaram conhecidas como pinturas rupestres. Deste modo, a arte permite ao homem mostrar aquilo que quer que todos vejam e falar aquilo que quer que todos ouçam.

Representatividade da arte

    A arte pode ser representada de várias maneiras. Entre as quais, podemos destacar a música, a pintura, a dança, a escultura, a literatura e outras maneiras. Da mesma forma, todos estes aspectos representativos da arte, dizem muito sobre a história, as crenças, a língua, a identidade e sobre a cultura de um povo. Vale realçar que a arte é também um dos elementos da cultura que caracterizam a identidade de um determinado grupo.

    Importa realçar que a arte é um aspecto presente em todas as culturas e povos de todas as gerações, desde as mais antigas até as mais novas, pois é nela que, muitas vezes, o homem recorre para se expressar. É neste sentido que a arte se apresenta como uma expressão de sentimentos humanos, condicionados pelo que se vê, se sente e se vive.

    A arte dos homens primitivos, por exemplo, é uma das mais importantes fontes sobre a vida destes povos que pudemos ter acesso, uma vez que, naquela época, não estava desenvolvida a escrita como conhecemos hoje e a única forma que os primeiros seres humanos encontraram para registarem sua cultura foi a arte, em especial, a pintura. 

    Em outras palavras, muito do que hoje sabemos sobre a antiguidade mais remota, sabemos por meio de pinturas e objectos deixados pelos homens “pré-históricos”, isto com a intensão de transmitirem aquilo que pensavam e acreditavam.

    Da mesma forma, nossa compreensão sobre a história se torna completa devido ao estudo da arte e das suas formas de representação que, ao mesmo tempo, são formas de representação da cultura dos povos dos diferentes períodos da história. 

    Podemos então afirmar, com segurança, que a arte impulsiona nossa forma de saber e de entender, dá vida à cultura e permite a comunicação entre os povos de diferentes lugares, culturas e períodos. Logo, a arte é fundamental não só para a cultura, especificamente, mas também para a sociedade em geral.

    É desta forma que arte e cultura andam sempre juntas, não se pode falar de uma sem falar da outra, pois complementam-se e, muitas vezes, chegam a ser tratadas como uma única coisa. É assim que estudar a arte é também estudar cultura, pois é através da arte que as culturas manifestam seus conhecimentos, seus costumes, suas crenças e suas tradições.

Por: David Lutango

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Fontes:

Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.

Morais, Regis de. Arte a educação dos sentimentos. São Paulo: Letras,1992.